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Doenças Pulmonares Intersticiais: O Que São e Como Identificar?

Fibrose Pulmonar

     Esse é um grupo de doenças que afetam os pulmões e podem causar dificuldade para respirar e tosse seca. Muitas vezes, o problema começa de forma silenciosa e só é descoberto durante uma avaliação médica com exame física e de imagens, como uma radiografia ou tomografia do tórax. Uma das condições mais conhecidas dentro desse grupo é a fibrose pulmonar que pode ter diferentes causas.

Se você ou alguém próximo tem sintomas respiratórios persistentes, continue lendo e saiba mais sobre essa condição! 

A doença pulmonar intersticial (DPI) engloba várias doenças que causam inflamação e cicatrizes nos pulmões, tornando a respiração mais difícil. Essas alterações pulmonares afetam o interstício, que é a parte do pulmão responsável por transportar oxigênio para o sangue. Quando o pulmão sofre cicatrização excessiva, o tecido enrijece e dificulta a troca de oxigênio, resultando em uma condição chamada fibrose pulmonar.

 

Quais São as Causas da Doença Pulmonar Intersticial?

As doenças pulmonares intersticiais podem ter várias origens, incluindo:

  • Infecções pulmonares – Certas infecções podem desencadear inflamação e cicatrização nos pulmões.

  • Doenças autoimunes – O próprio sistema imunológico ataca os pulmões, como acontece na artrite reumatoide, esclerodermia e lúpus.

  • Medicamentos – Alguns remédios, como quimioterápicos e antibióticos, podem causar danos pulmonares.

  • Exposição a substâncias tóxicas – Poeira de amianto, sílica, carvão, metais pesados, produtos químicos e mofo podem ser prejudiciais quando inalados por longos períodos.

  • Radioterapia – Pacientes que receberam radioterapia no tórax (como no tratamento de câncer de mama ou pulmão) podem desenvolver danos pulmonares ao longo do tempo.

  • Tabagismo e cigarro eletrônico (vaping) – A fumaça do cigarro e vapores químicos podem irritar e causar inflamação crônica nos pulmões.

  • Causas desconhecidas (idiopáticas) – Em alguns casos, a origem da doença não é identificada, como na fibrose pulmonar idiopática (FPI).

 

Principais Sintomas da Doença Pulmonar Intersticial

Os sintomas podem começar discretamente e piorar com o tempo. Os mais comuns são:

  • Falta de ar progressiva – Inicialmente ao se esforçar (subir escadas, caminhar rápido), mas podendo ocorrer mesmo em repouso.

  • Tosse seca persistente – Uma tosse irritativa, sem catarro, que não melhora com xaropes ou tratamentos comuns.

  • Cansaço constante – Sensação de fadiga mesmo após atividades simples.

  • Baixa tolerância a exercícios – Pequenos esforços se tornam desgastantes.

  • Dedos em "baqueta de tambor" – Em alguns casos, as pontas dos dedos ficam arredondadas devido à falta de oxigenação adequada.

Como é Feito o Diagnóstico?

Se houver suspeita de doença pulmonar intersticial, o médico pode solicitar alguns exames, como:

  • Exames de sangue – Para investigar possíveis doenças autoimunes ou inflamatórias.

  • Radiografia de tórax – Pode mostrar alterações pulmonares sugestivas da doença.

  • Tomografia computadorizada de alta resolução (TCAR) – Exame mais detalhado para avaliar cicatrizes e inflamação nos pulmões.

  • Testes de função pulmonar – Avaliam a capacidade respiratória e a eficiência dos pulmões. A espirometria, quando realizada dentro dos padrões de qualidade, é um exame sensível, tanto para detectar como para acompanhar a avolução e resposta a tratamentos das doenças pulmonares fibrosantes. E quando feito periodicamente, como por exemplo a cada 6 meses, ou uma vez ao ano, pode ser um método seguro para identificar a progressão  da fibrose pulmonar, facilitando o início precoce do tratamento específico e evitando perdas da função pulmonqar com prejuízo importante de saúde do paciente. 

  • Broncoscopia com lavado broncoalveolar – Procedimento que coleta amostras dos pulmões para análise.

  • Biópsia pulmonar – Em casos específicos, pode ser necessária para determinar o tipo exato de doença pulmonar intersticial. 

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Existe Tratamento para a Doença Pulmonar Intersticial?

O tratamento varia conforme a causa da doença. Entre as opções estão:

  • Oxigênio suplementar – Para ajudar na respiração e melhorar o conforto em casos mais avançados.

  • Medicamentos anti-inflamatórios e imunossupressores – Para reduzir a inflamação e evitar a progressão da doença.

  • Tratamentos específicos para fibrose pulmonar – Alguns medicamentos ajudam a retardar a cicatrização dos pulmões.

  • Reabilitação pulmonar – Exercícios respiratórios e treinamento físico ajudam a melhorar a capacidade pulmonar.

  • Transplante de pulmão – Indicado para casos muito graves, quando outros tratamentos não são mais eficazes.

Quando Procurar um Pneumologista?

Se você tem sintomas como falta de ar persistente, tosse seca crônica ou cansaço inexplicável, não ignore! Quanto mais cedo a DPI for diagnosticada, melhores são as chances de controle da progressão da doença e manter uma boa qualidade de vida.

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